Oi... Com licença... Tô confuso... Você pode me ajudar?

É que quase tudo é muito recente e relativamente intenso, e eu acho que tô gostando disso, sabe? Não, não, não, eu não acho, eu tô gostando. Mas não é um gostar doentio, daqueles que só se satisfaz quando a gente devora a presença um do outro a ponto de nao ter mais vida. Não... É um gostar de cuidar, de querer o bem, fazer o bem, e assim ficar bem junto. Porque eu sou do tipo que cuida. É louco, mas é assim. É cuidando bem dos outros que eu cuido bem de mim. Sìndrome de Madre Teresa, sacomé...

E o que me deixa confuso é esse nãoseioquefazer, esse nãoseicomoagir quando o assunto é você.

Por favor, não me dê nenhuma resposta uma vez que não te faço nenhuma pergunta. Apenas me deixe ficar reclinado em teu colo sentindo tua respiração. Olhando assim até parece simples... É um sorriso à toa... Uma lembrança na letra de música... Nada de mais não. Mas que é bom, é gostoso...

Já notou que é quando está tudo muito louco que as maiores loucuras acontecem? Talvez seja isso, tá tudo muito louco e eu acabei pirando e vindo falar da minha insanidade. Que me deu uma vontade de ser só seu e que você fosse só minha...

Mas... Espera um pouco que as coisas estão meio sem sentido agora. A esta altura você já deve ter pensado que estou bêbado ou algo, mas poderia te jurar que não bebi nada se juras nao soassem sempre como coisas falsas que falamos quando queremos convencer alguém. Mas não, não bebi nada. Apenas pensei demais pra dentro durante muito tempo. Esse negócio de pensar é coisa muito séria e há de se ter cuidado... Principalmente quando vira e mexe esse pensar pra dentro é pensar em você.

Eu não sei o que quero. Tô com a sensação de que nem sei mais te dizer o que eu queria dizer. Como se tivesse falado, falado, falado e nas voltas e voltas me repeti e nada disse.

A gente pode apenas ficar quietinho e deixar o tempo passar?

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