Ecdemomania, esse é o espírito de uma wanderlust...



Comes the morning
When I can feel
That there's nothing left to be concealed
Moving on a scene surreal
No, my heart will never, will never be far from here

Sure as I am breathing
Sure as I'm sad
I'll keep this wisdom in my flesh
I leave here believing more than I had
And there's a reason I'll be, a reason I'll be back

As I walk the hemisphere
I got my wish to up and disappear
I've been wounded, I've been healed
Now for landing I've been, for landing I've been cleared

Sure as I am breathing
Sure as I'm sad
I'll keep this wisdom in my flesh
I leave here believing more than I had
This love has got no ceiling...

O olho de dentro do meu universo inteiro


Quando me dou conta da realidade, vem a vontade de rasgar o peito e gritar até os pulmões explodirem. O mundo é um universo gigante, e a gravidade (da vida) nos comprime, e a vontade de ser maior é tão grande que é injusto eu ter que me contentar em com frágeis limites da minha pele.
É como se eu não coubesse nos limites do meu corpo, e a cada dia eu cresço mais, e exatamente essa pele fica cada vez mais apertada para caber o mundo que carrego dentro de mim.
A solidão, o medo e a angústica alimentam a força que se reflete no brilho do bom humor e do sorriso nosso de cada dia. E mesmo que uma pequena, e até bela, tristeza insista em aparecer em meu olhar, há muito por aí afora que preciso ver e que precisa ser vista.
Não choro quando me assusto e tento não me assustar diante das injustiças da vida. Respiro fundo e olho para frente. E me dou conta que o assustador não é a imprevisibilidade do futuro, desconhecido. É a certeza das consequencias inevitáveis das decisões tomadas no passado que me aterrorizam. Não dizem que aqui se faz, aqui se paga?
Não julgo mais. Tento a cada dia olhar para o lado e não me comparar. Não cair na armadilha de achar que o outro está com a vida perfeita. Nada é perfeito para mim além de mim. E nada é tão imperfeito quanto os limites da pele em que habito, tão pequenos para uma alma sempre em tão grande convulsão...

Simples assim (?)

Todo mundo que já se apaixonou na vida sabe como é a delícia dos primeiros dias, as descobertas sobre o outro, as trocas de olhares e as primeiras confidências. Com ele não era diferente. Às vezes sentia-se em êxtase. Às vezes era um torpor. Tudo acompanhado de uma serena tranquilidade quando estava junto dela. E a cada dia se gostavam mais, se curtiam mais, se conheciam mais.
Não era a primeira vez que sentia algo assim por alguém. Já tinha se apaixonado antes. O calor no peito, a respiração ofegante. Aquele momento em que tudo parece estar no seu lugar. E foi exatamente quando tudo se encaixou e parecia que não tinha mais como dar errado que ele começou a sentir medo.
E aqui, antes que os defensores do amor livre venham se manifestar, não era ciúmes que ele sentia. É engraçado como o monstro dos olhos verdes tem seu berço nas coisas absurdas da mente humana. Não, ele não pensava nisso. Sentia-se completo ao lado dela, não olhava nem para o lado, e sabia que ela também só tinha vontade de estar com ele.
Não, também não era insegurança; sentia-se bem consigo, com ela. As conversas eram agradáveis, por vezes intermináveis, as personalidades batiam. Também é engraçado que quando parece que é pra acontecer, a química rola, o beijo encaixa, a pele combina, o sexo é intenso. E a sensação da intensa perfeição era justamente o que o deixava tão feliz e completo, e ele sabia, ah, ele sabia que ela também sentia isso. Ele conhecia aquela pele, aquele toque, aquele cheiro, a saliva do gosto do beijo. Sim, ele sabia.
Mas, em uma noite quente, entre fumaça de cigarro e conversas sem sentido, ao se despedir dela, ele teve medo. E se dessa vez também desse tudo errado?
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