O olho de dentro do meu universo inteiro
Quando me dou conta da realidade, vem a vontade de rasgar o peito e gritar até os pulmões explodirem. O mundo é um universo gigante, e a gravidade (da vida) nos comprime, e a vontade de ser maior é tão grande que é injusto eu ter que me contentar em com frágeis limites da minha pele.
É como se eu não coubesse nos limites do meu corpo, e a cada dia eu cresço mais, e exatamente essa pele fica cada vez mais apertada para caber o mundo que carrego dentro de mim.
A solidão, o medo e a angústica alimentam a força que se reflete no brilho do bom humor e do sorriso nosso de cada dia. E mesmo que uma pequena, e até bela, tristeza insista em aparecer em meu olhar, há muito por aí afora que preciso ver e que precisa ser vista.
Não choro quando me assusto e tento não me assustar diante das injustiças da vida. Respiro fundo e olho para frente. E me dou conta que o assustador não é a imprevisibilidade do futuro, desconhecido. É a certeza das consequencias inevitáveis das decisões tomadas no passado que me aterrorizam. Não dizem que aqui se faz, aqui se paga?
Não julgo mais. Tento a cada dia olhar para o lado e não me comparar. Não cair na armadilha de achar que o outro está com a vida perfeita. Nada é perfeito para mim além de mim. E nada é tão imperfeito quanto os limites da pele em que habito, tão pequenos para uma alma sempre em tão grande convulsão...
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