.::Dias de Glória, canções de amor - parte III::..



Não sei dizer bem o que acontece...
Se é o jeito dela sorrir sentada abraçada aos joelhos, perto de mim, enquanto invento bobagens e proezas só para tê-la olhando para mim e sorrindo... Ou se é a forma como ela respira quando lhe falo deliciosas e sacanas verdades ao ouvido, lhe arrepiando os pêlos da nuca...
Talvez seja a forma como fico mudo ao vê-la olhando nos meus olhos, sem dizer palavra, mas falando tudo o que sente naquele momento, transparecendo com uma mordida de lábios o arrepio que lhe percorre internamente...
Sei que é quase raro ver alguém como eu falar assim, mas quando a sinto minha, quando a amo por completo e a tenho entregue em minhas mãos, lábios, corpo... Não sei, não sei; não saberia dizer o que se passa, o que acontece, a intensidade do que sinto, misto de desejo e agonia de fazer aquela linda criatura feliz, sempre minha, sempre linda... Sempre minha doce e linda moça...
E quando espera, espera, e logo ao desistir, ao escolher outro caminho, tudo parece acontecer....

(...por que você sempre fala de existencialismo e eu insisto nas canções de amor...)

..::Dias de glória, canções de amor - Parte II::..


E essa angústia de esperar, e esperar e achar que a qualquer momento vais entrar por aquela porta; flores roubadas na mão, camiseta, calça jeans, sem dizer absolutamente nada. Essa sensação de que a cama não está vazia, apenas foste até a cozinha, e já regressas.
Esse desejo de que a qualquer momento me convides para um almoço, um cinema, um passeio. Essa angústia de esperar...
E repetir mil vezes "não é por aí, não é por aí, não espere nada", quando na verdade a esperança já fez moradia em cada parcela dos dias.
Não é algo que seja simples.
Mas talvez se fosse, eu não sei se esperaria...

..::Dias de glória, canções de amor - Parte I::...



Por que às vezes a tua imagem me invade a mente, e fica difícil disfarçar as coisas todas que acontecem em mim. Pois, ao olhar pela janela e ver a Lua, imagino uma infinidade de coisas a te falar ao pé do ouvido, embaixo dessa chuva que escorre pelo meu rosto, logo após te beijar. E mesmo quando saio com meus fones de ouvido, berrando Pearl Jam dentro de mim, sinto minha mente longe de toda essa realidade circundante, pois estou junto a ti. E se ao acordar não te vejo, não é por outra coisa a não ser algo muito além do meu desejo de estar perto de ti, ao teu lado...
E ainda quando sento na praia para ver o sol se pôr, é na sua imagem que fixo o olhar perdido. E quando dirigindo, vejo teu mundo passar pela minha janela. O nosso mundo compartilhado, as nossas certezas delineadas pelo sentir...


P.S: Por que há tempos queria fazer uma série de textos explosivos sobre o sentir. Então lendo o blog da Lo, decidi que era hora de criar coragem uma vez que o momento é bem propício... Então... Espero que gostem dessa série de ainda não sei quantos textos...
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