Quando nós nos encontramos, não fale nada...
Deixe apenas que teu olhar se fixe nos meus e transcenda meu terninho e as tuas camisetas, pois a imagem que se vê de longe em nada se assemelha ao que se percebe quando nos vemos refletidos nos olhos de alguém.

Quando nós nos encontrarmos, não fale nada...
Deixe apenas que, dos olhos, tua boca procure a minha, calada, silenciosa, sem palavra, pois palavras quebrariam o encanto do tão esperado beijo, descrito e revisto pelas linhas imaginárias das conversas por vezes raras, porém infindas...

Quando nos encontramos, não fale nada!
Deixe apenas seu corpo respirar no longo beijo, seu braço enlaçar no longo ensejo de ali estarmos enfim um perto do outro, realizando cada movimento antes fixado nas retinas do sonhar, intensos...

Quando então, nos encontrarmos - e vivermos - deixemos que aos poucos que nossas bocas se afastem, mas sentindo ainda a quente respiração um do outro, com braços ainda repletos do corpo do outro, para que, num misto de timidez e lassidão, permitamo-nos dizer um tão singelo "oi"...

Lua Aaliyah

6 Seus Mistérios:

Anônimo disse...

uau! quanta honra estar linkado ao seu blog!

gostei desse conto, adoro o seu jeito de escrever.

outra coincidência: "um estudo sobre a mulher" foi escrito para uma pessoa de verdade, que me agradeceu com palavras que eu não esperava, e as minhas, de volta pra ela foram exatamente: "o meu maior medo é me ver pelos olhos de outra pessoa."

beijo!

Anônimo disse...

Luazinha...
Amo sua sensibilidade e bom
gosto...
Já me tornei freguesa do seu cantinho, rsrs
Parabéns!!!

Anônimo disse...

Bem, na falta de um comentário mais aprofundado a fazer, digo que gostei do texto, e que ele me deu idéias (deixando um ponto dúbio ao final do comentário...)

Unknown disse...

Uau!

Lu, estou aqui pedindo permissão para postar essa no meu blog. Liiiiiiiiiiinda!

bjs.

B., Antonione disse...

espero que toda espera se encerre, e que ambos façam das linhas imaginárias mais reais do que o próprio querer; que o tempo que se fez esperar, suma em relevância quando os lábios nem mais puderem tragar palavras sem importância; e que sob o fundo de uma lua cheia, o viver possa resgatar com o desejo a superfície de uma linda realidade.

(Não me culpe por inspirar-me =) )

Muito lindo o texto!

bjo!

Luís CS disse...

Quando as palavras são realmente necessárias?

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