.:Efêmero:.



O tempo não para e a gente ainda passa correndo..
As pessoas têm o segredo da felicidade da palma da mão, mas se perdem entre telefonemas não dados, decisões adiadas, informações não buscadas...
São tão poucas as oportunidades que quase nos esquecemos delas, e as deixamos passar no meio de tantas tarefas,  horários a cumprir e satisfações a dar. E no final, onde vamos parar com isso? 
Quer dizer, o que fica além do vazio ao final do dia e a sensação de que esqueceu de alguma coisa, mas não sabe do que?
Acontece que a gente esqueceu mesmo... 
Esqueceu de sorrir um pouco, de mandar um olá, de dar bom dia... 
Esquecemos do mundo que existe dos nossos fones de ouvido para fora, das paredes de nosso trabalho para rua, dos limites da nossa internet para  fora.
E voluntariamente nos afastamos daqueles que amamos. Até que ele vai embora e então é que a gente se dá conta do quanto tempo estivemos fora. 
E esse tempo a gente não mede em segundos, minutos e dias... 
É o tempo da ausência, da falta de notícias, do aparente descaso com a vida além da própria, dos problemas além dos próprios,  o tempo em que não se segurou a mão, olhou no olho, mesmo calado. Tempo da ausência...
Por que a vida, essa filha da mãe, é repleta de ausências, e nós cruelmente, criamos a cada dia mais e mais ausências. 
Me pergunto por que não é tão mais fácil criar contatos e presentes... 
Por que em vez de resolver uma última questão antes de ligar, a gente não dá um tempo e manda mensagem... 
Ou antes de escrever aquele último parágrafo, a gente apenas não respira fundo e sorri, por que não é que o trabalho foi exaustivo. É que enfim acabou.
Mas hoje esse tipo de  coisa ficou relegado a frases de efeito em textos de auto ajuda...
E é tosco dizer tudo isso...
Quero morrer brega...

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