Amores são sempre possíveis?

Dreaming With a Broken Heart by John Mayer on Grooveshark
IV - Sonhando acordado

- Então, me fale sobre ela.
- Ah... ela tem um jeito que é impossível de descrever, eu não sei como dizer. Ela tem um jeito leve e ao mesmo tempo desconfiada, com um sorriso capaz de encher i quarto todo, a casa toda de luz. Uns olhos da cor de mel que ficam ainda mais bonitos quando os capturo perdidos no tempo e no espaço, com um toque doce de melancolia que os deixa com um brilho que hipnotiza. A pele dela é suave, tem um cheiro quente, e os cabelos refletem o crepúsculo e a alvorada em cada fio.
Quando estou com ela... feels right, you know? Ela tem o dom de me deixar completamente à vontade e incrivelmente desconfortável. O mais engraçado de tudo é que ela me faz rir, mas rir de verdade, sem aquela magia forçada de uma alegria ilusória, importa socialmente. Ela me faz rir mesmo quando ela é a causa da minha dor.
É estranho... Acho que não sou exatamente do tipo sério, mas agora, vejo o quando fico chato, ainda mais chato do que já sou, quando estou longe dela. Ela não. Ela tem um astral contagiante, de fazer você dançar no meio do supermercado ou sair correndo na praia. Intensa. Ela é intensa em tudo. Na euforia e na tristeza. Mas até a tristeza dela tem uma beleza lírica, bela, contemplativa, que parece uma pintura.
Mas o que mais gosto nela nem é isso. O que mais adoro nela é a liberdade que ela tem, o amor per ser livre, como um animal selvagem, impossível de prender. E se prender, definha, entristece. É um senso de vida, uma vontade louca de viver que, para um homem taciturno como eu, soa imprescindível. Ela me faz bem. Até quando faz mal. Ela é o maior bem de todos. \Ela consegue espantar todos os fantasmas do meu coração tão cheio de sombras. E é assim, não sei como dizer, acabo só me repetindo, repetindo...
- E ela?
- É a melhor coisa que eu nunca tive...

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